Segundo Ibáñez, “temos que fazer de cada aluno, não só um repetidor do já feito/conhecimento, mas um criador de novas realidades. Quando o aluno rompe com a sua passividade e se entusiasma por algo novo, quando procura deixar a sua marca pessoal, quando se sente protagonista e criador ou recriador de algo novo, a escola dinamiza-se” (Ibáñez cit. por Tavares Martins, 2000). Dito de outro modo, mais do que transmitir uma informação completa a escola deve ter por missão ensinar as competências de pensamento necessárias a uma melhor utilização dessa mesma informação (Bono, 2003).
As instituições de educação, quer formais quer informais (particularmente a escola) encontram-se em posição privilegiada para dar o primeiro passo no processo de desenvolvimento do potencial criativo, em que a formação de professores, a concepção dos currículos, os recursos disponíveis e a atenção ao contexto, constituem factores relevantes. O pensamento reforçado na escola tem continuado a ser maioritariamente convergente e linear sendo descuradas curricularmente outras componentes da cognição inerentes ao potencial criativo, tais como a iniciativa, a independência de pensamento, a autoconfiança, a persistência, flexibilidade e auto-determinação. Desde o nível básico de escolaridade os alunos aprendem que para uma determinada questão existe apenas uma resposta correcta, não deixando qualquer margem para o desenvolvimento do potencial criativo.»
texto de Mara Mota, ANALCE
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